Enquanto candidatos ao governo de outros estados declararam ter aumentado seus bens a Justiça Eleitoral, o ex-governador de Alagoas, Ronaldo Lessa (PDT), perdeu mais de meio milhão de reais, em quatro anos. Ele não tem nenhum patrimônio, segundo suas certidões apresentadas ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE). Lessa fará a segunda campanha mais cara ao Governo: R$ 15 milhões.
Em 2006, quando o ex-governador perdeu a disputa ao Senado para o ex-presidente Fernando Collor (PTB), Lessa declarou possuir R$ 518,7 mil em bens. Não ganhou o Senado e pelo visto perdeu todos os bens. Lessa foi declarado inelegível em 2004 por abuso de poder político e econômico, é acusado pelo Ministério Público Federal e Estadual de desviar R$ 200 milhões da Educação e investigado pela Polícia Federal no escândalo das Letras Financeiras do Tesouro Estadual - operação de empréstimo ao Governo. A PF procura rastros do dinheiro.
Collor está mais rico que em 2006, quando disputou e ganhou o Senado. Há quatro anos, declarou possuir R$ 4,8 milhões; em 2010, R$ 7,7 milhões. Ele declarou ter 10 carros, entre eles uma Ferrari (R$ 459,2 mil) e um Maseratti (R$ 342,5 mil), além de terrenos no setor de mansões em Brasília, quotas, ações e investimentos. Collor pretende gastar R$ 9 milhões na eleição, menos que Lessa.
O governador Teotonio Vilela Filho (PSDB) tenta a reeleição e está mais rico, comparado a 2006, quando disputou e ganhou o Governo. Há quatro anos, tinha R$ 14,4 milhões declarados a Justiça Eleitoral; em 2010, R$ 14,6 milhões. O mais rico dos postulantes a chefia do Executivo Estadual tocará a campanha mais cara: R$ 30 milhões. Em sua declaração de bens disse possuir três motos, incluindo uma Harley-Davidson (R$ 49.371,23) e 12 propriedades, entre elas sítios, terrenos ou parte de lotes espalhados pelo Estado.
O líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros, declarou bens avaliados em R$ 2,1 milhões. Na sua declaração de bens, tem um apartamento no metro quadrado mais caro do Estado, a praia da Ponta Verde, custando R$ 195 mil, mais barato que a casa na Barra de São Miguel, área de veraneio e endereço dos usineiros e políticos do Estado. Ela custa R$ 435 mil.
Renan diz não possuir um boi sequer, mas tem negócios no campo. Tem uma quota de R$ 702,5 mil de uma sociedade agropecuária, mais outra cota, no mesmo valor e no mesmo ramo, em nome da esposa, Maria Verônica Calheiros. Na Caixa Econômica Federal diz ter depositados R$ 864,58.
Os candidatos do PCB e PSOL têm as campanhas mais modestas. O funcionário público Tony Clóvis (PCB) declarou não possuir bens, à Justiça Eleitoral; o engenheiro agrônomo Mário Agra (PSOL) disse ter uma casa em Paripueira, área metropolitana da capital, no valor de R$ 35 mil e um Mitsubishi L200 financiado, valendo R$ 48 mil.